quinta-feira, 31 de março de 2016

Combinado?

Vamos empacotar as estações,
Rolar na erva e enamorar nas estrelas?
Eu entrego-me ao teu olhar,
E prendo-te no meu, sem hora e sem demora.
Vamos fugir,
Engolir as horas, enganar o finito
E tornar eternal nosso tocar?
Combinado?
Seremos um, nunca mais dois!
A morte será apenas uma intermitência,
Amaremos, além dos astros, seremos inacabáveis!
O fulgor dos teus olhos,
Revelou-me um novo caminho, deu-me uma definição,
Entendi o amor!
Então combinado!
Seremos um do outro,
Hoje, amanhã e depois da contagem do tempo!


Homenagem ao casal apaixonado ( Thiago Siqueira e Gabriele Mello)
Palmares, 31 de Março de 2016
Acadêmico Nonato Barakah!  

Hei de odiar-te!



Este sentimento quimera,
Faz-me enojar das lembranças vividas.
Teu sorriso não reporta vida,
Nem tampouco contentamento.
O vislumbro que outrora, tremia-me,
Agora desfalece minha face.
A ânsia de encontrar-te,
Foi engolida pela folia de tua partida.
Em teus olhos, há negrume e uma idolatria que agora jaz.
Perdi o telhado,
E auferi a visão das estrelas.
Invadi o néctar de teus lábios e
E fui golpeado com tuas vãs camuflagens.
No meu ser, não há residência para acolher-te,
O veredito foi dado,
Hei de odiar-te pela vida inteira.

Palmares, 28 de Março de 2016.
Acadêmico: Nonato Barakah


terça-feira, 8 de março de 2016

Dirceu Chorou!


Engrenado num feitio submisso de
Um amor avassalador,
Dirceu creu na inocência de um sentimento
E deparou-se com a insanidade e com
A incoerência de uma dissolúvel maneira de amar.
A idolatria de Dirceu originava medo
E em meio aos estreitos de sua amada,
Esse receio era rasgado com
Sexo vorás e juras de ternura eterna.
Dirceu cobiçava a quietude de um amor seguro,
Enquanto que sua amada
Permitia-se ao desfrute de infrutíferas inverdades.
Dirceu perdoou deslizes,
Permitiu-se continuar, mas a sua amada não!
Seu amor era frágil, retrogrado, inconsistente...
Sua amada era volátil.
A perturbante e enojada inépcia
Engasgava Dirceu e lhe impunha noites eternas de escuridão.
Idas e voltas, promessas quebradas, e
Dirceu não resistiu,
Ele chorou!

Palmares, 08 de Março de 2016.

Acadêmico Nonato Barakah. 

Não Foi Amor!


Enfadou de esperar,
Tornou-se inconfiável,
E ambígua,
Logo, não foi amor!
Seus olhos afugentaram-se dos meus
E a infidelidade foi tua armação de confronto,
Intuí, não foi amor!
O brilho nos olhos ultimou,
E a mentira foi tua companhia nomeada.
Não houve duvidas, não foi amor!
Trocaste afeição
Por prazeres frívolos, verdades por ilusões,
Abraços por apegos corruptíveis.
Todos viram, não foi amor!
Sentiste medo,
Choraste em silêncio, abriste os braços e não voaste.
O mundo foi testemunha,
Não foi amor!
Ancoraste a beira mar,
Afogastes sentimentos e esperança,
Entregaste teu corpo e escondeste tua alma.
Então desisto,
Não há por que ficar,
Não foi amor!

Acadêmico Nonato Barakah
Palmares 08/03/2016


segunda-feira, 7 de março de 2016

A Única Solução é Chorar


Sinto a ausência de tua intrepidez
E todos os anoiteceres,
Uma nostalgia me toma e
Sufoca-me ao relembrar do teu olhar desprovido.
Em meus devaneios vejo-te rotineiramente
Más, não te tenho nos braços.
Então eu lamento!
Tua casa ainda tem tua fragrância
E os teus, ainda pranteiam tua arrancada.
Perdidos,
Indagamos ao criador,
E sem réplicas, vemos os dias advirem.
A desesperança já colidiu com a porta e
A sanidade já não é bem vinda!
O que inventar sem teus olhos grandes?
Como resistir sem toda tua inquietude e bravura?
O que cometer com essa saudade?
Com essa dor?
Chorar?
Sim, a única solução!

Dedicado à minha irmã - Edna Cristiane -  In Memória
Acadêmico Nonato Barakah - Palmares 07/03/2016


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Eu Perdi A Guerra!



Num duelo onde não existiram confrontos,
Eu fui desarmado
E assombrosamente perdi a guerra!
Na caminhada pernoitada
Vi devoradores de ilusões e em claro
Abracei o novo dia sem amores ao meu lado.
Eu não tinha grilhões,
Correntes,
Nem meu amor tinha portas ou vidraças.
Inevitável,
Não há saída, nem dissolução.
Eu perdi a guerra.
Mas não importa,
Nem ao menos batalhei,
Ou amarguei batalhas sangrentas.
Simplesmente me dei por vencido,
E simplesmente,
Eu perdi a guerra!



Palmares, 29/02/2016
Acadêmico: Nonato Barakah. 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Quero falar!

Quero falar!
Se não queres ouvir,
Olha-me nos olhos
Eles gritarão!
Estás de partida, eu sei!
Trilhas novas passagens,
Busca novos apegos,
Novos paladares.
Queres amor?
Não!
Eu tenho, e não quisestes!
Quero odiar-te,
Arrancar-te feito um câncer!
Mas como?
Teu mundo é sutil!
É inútil!
Teu teto é de cristal!
Teu amar, apático, inaudível!
O que buscas?
Não sei,
Só não é amor! 

Palmares, (Nonato Barakah 27/02/2016)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Sim, eu Poderia!


Eu poderia esquecer a quem
Não nota que existo,
Execrar a quem
Não me tem afeto,
Cobiçar o mal, a quem
Não me quer bem.
Eu queria rebater a quem me ataca.
Enfim, poderia ser vingativo.
Sim,
Eu poderia,
Mas não!
Eu só sei querer bem,
Fazer o bem,
Eu aprendi simplesmente a amar,
Não importa se não for reciproco,
Continuarei amando!


Acadêmico: Nonato Barakah (18/02/2016)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Tu não sabes amar!



Quero embrenhar-me no meu eu
E esquadrinhar a malícia
Que justifique minha dor.
Minha recompensa por te amar,
Foi tua miserável e obsoleta forma de gostar.
Protegi-te com meu afeto,
E deste-me o áxilo desconfortante
De tua amargura.   
Arranquei-te sorrisos,
E criastes-me lamurias.
Tu não sabes amar, tu não aspiras amor!
O que buscas? Não Sei!
O tempo?  Ele passa, esvai-se, perde-se...
O que ganhas? Nada!
O que perdes?
Meu amor!

Palmares, 15 de Fevereiro de 2016
Acadêmico Nonato Barakah - 18:00



sábado, 9 de janeiro de 2016

Superei, e Agora?






Superei, e agora?
Agora, viramos amigos,
E a veneração que temos,
É de vizinhos, ou de um amigo comuns.
Superei, e agora não estremeço em tua presença,
Não simulo incidências, não busco saber onde estás.
Superei, e não importa onde a quem beijas,
Muito menos com quem convives, com quem peregrinas.
Superei más, não deslembrei, sei que foi bom,
Porém, não tenho nostalgias,
Não quero novamente.
Superei, e a amargura tornou-se perdão,
O amor em apatia e minhas decepções, em aprendizado.
Superei, e de nós, apenas restou meu “eu”.
Amei, fui fiel, te quis, mas e hoje?
Hoje não!
Superei!

Nonato Barakah

Palmares, 09 de Janeiro de 2016. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Senti Saudades!


Ontem me interrompi e refleti sobre nós,
Numa turnê, voltei uma temporada e senti nostalgias.
Mas é tarde,
Não posso tê-la, em meu leito, pois nela,
Repousa a saudade.
Pelos logradouros arruíno-me nas lembranças e
Encontro-me num vinho ordinário.
Remorso, pesar, lamúrias...
O que me resta?
Satisfazia tão-somente amar, venerar, onde vaguei?
Não te acho noutras bocas, noutros abraços, tenho receio!
Meu íntimo pede auxílio,
Boca sente saudade do gosto, da volúpia, do néctar.
O pranto ultimará,
Esse horror sessará...
E meu amor?
Não! Este não findará,

Será infindável, desmedido, intenso!  

Acadêmico: Nonato Barakah
Palmares, 05/01/2016