quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quem cuidará das ovelhas perdidas?

                 


                 Como associar-se a uma denominação que se cala diante das injustiças, da imoralidade e do abuso de poder que rodeia seus seguidores? Como crer, confiar e se espelhar num líder que prega o que Cristo viveu e não vive a palavra que prega? 
                       A coragem e o ato modelo do bom pastor, que outrora na figura de Cristo mostrou-se disposto a arriscar noventa e nove ovelhas em favor da que se perdeu, não é mais comum em nossos dias. Jovens, adolescentes e famílias inteiras estão prezas e amarradas nas mãos dos escarnecedores que se julgam donos de suas vidas, dando e estabelecendo regras de comportamento que apenas alegra o próprio criador do pecado e da morte “satanás”. 
                       Em seu livro, João fala das ovelhas que ouvem e seguem a voz de seu pastor, e ainda afirma que aquele que abandona suas ovelhas em meio ao perigo, não é considerado pastor e sim “mercenário”. (Cf. João: 10).
                       As notícias diárias que nos apresentam os meios de comunicações lembra-nos veementemente que o fim está próximo. A imoralidade, a violência entre nações, à ganância pelo poder, a impunidade, a fome que assola nossos irmãos, a desmistificação do significado da “família” e o silêncio dos nossos pastores, asseguram-nos que vivemos os dias finais; e aquele que não enxerga a decadência da humanidade e o envolvimento da igreja é no mundo secular é mínimo “hipócrita” (Cf. Lucas 12:56). 
                       Em vez de ideologias e palavras bonitas, a igreja deve demonstrar para seus seguidores, exemplos de bons comportamentos e significados reais de quem de fato conhecem e seguem o Cristo ressuscitado, negando-se a acreditar, que no momento em que nos encontramos é impossível ser parcial, de fato, ou se é santo ou pecador. (Cf. Apocalipse 3:13-16 / Levítico 20:07 / 1º Pedro 1:16).
                       É vergonhoso o mundo que se apresenta para nossos filhos e netos, um mundo sem escrúpulos onde o dinheiro e o poder são mais valiosos que a moral, que o amor de Deus, que a família...
O que esperar de um mundo sem amantes de Deus, de um mundo com ovelhas perdidas e sem pastores preocupados em guiá-la? De fato, este mundo está no maligno! (Cf.1º João 5:19).
                       Mediante tal reflexão, a única certeza que me sobrevém é que breve chegará a hora da colheita e o trigo que outrora fora criado entrelaçado com o joio será separado e destruído de uma vez por todas, e más, “daquele a quem muito foi dado, muito lhe será cobrado; e a quem muito foi confiado, mais ainda se lhe pedirão”. (Cf. Lucas 12:48b).
                       Certamente não é fácil seguir em meio a este mundo nefasto e coberto de hipocrisia, maledicências, ganância e interesses próprios daqueles de quem de fato deveria trazer-nos esperança e madureza espiritual, toda via, são estes também humanos, e como tal, “são falhos” o que indiscutivelmente não tira-os da culpa deliberada por conhecerem e deturparem a verdade, assemelhando-se desse modo dos fariseus que tanto Cristo ignorava. 
                       É dever do Cristão espelhar-se fielmente na pessoa de Cristo e obedecer-lhe os mandamentos sagrados que como degraus os levará ao convívio celeste com o Pai, porém a observância em suas associações garantirá um caminho menos doloroso até o céu, isso porque a consequência do pecado é a morte (Cf. Romanos 6:23) e conscientizar-se do que é pecado é exclusivamente afastar-se de tudo aquilo que desagrada a Deus.
                       E nesta escassez de pastores fieis e dedicados, Deus suscita de suas ovelhas que cada uma haja como tal, que cuidem uma das outras com zelo de bom pastor, isso até que o fiel e Bom Pastor volte e tome para si o seu rebanho. 


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