sábado, 6 de dezembro de 2014

HISTÓRIA DO CINE TEATRO APOLO



CINE TEATRO APOLO, UM SÉCULO DE ARTE E  DEDICAÇÃO A CULTURA PALMARENSE. 


                            O Cine Teatro Apolo, situado no centro da cidade de Palmares, é uma construção de estilo eclético, apresentando característica de gosto popular, aliadas a elementos híbridos de influência predominantemente clássica. A planta baixa do prédio desenvolve-se de forma simples, praticamente dentro de um retângulo, formando uma plateia com 460 cadeiras ladeada por dois corredores laterais, originalmente sem cobertura. 
                                      No inicio do século XX, aproximadamente em 1907, comerciante Fausto Figueiredo (antes de ser gestor municipal) adquiriu um grande casarão situado defronte a Matriz Nossa Senhora da Conceição dos Montes.
                            Fausto Figueiredo reformou o prédio e inaugurou em 06 de dezembro de 1914 em um momento em que a cultura local ganhava destaque na sociedade local, este, foi o primeiro a funcionar no interior de Pernambuco e o terceiro no Estado. A importância deste investimento cultural refletiu de forma significativa em toda região e Estado de Pernambuco, pois outros cinemas foram erguidos na região como meio de fomento cultural. Também foi edificado nas terras da usina de Serro Azul um Cinema pelo então Coronel José Piauhylino Gomes de Melo Filho, na Usina Piranji outro foi levantado pelo Coronel Manoel da Fonseca Galvão no ano de 1938, no ano de 1958 o Usineiro Antônio Ferreira Costa Azevedo inaugurou o “Cine Teatro Diamante”, o objetivo dos senhores de engenho, era proporcionar uma noite agradável aos trabalhadores do campo que durante todo dia trabalho.
                            O Cine Teatro Apolo, em Palmares, teve grande importância no cenário cultural de nosso Estado, foi marco decisivo no enriquecimento intelectual de grandes artistas, além de servir de entretenimento e fomento cultural. Em seu palco aconteciam rotineiramente inúmeros espetáculos teatrais, recitais, filmes e muitos outros atrativos culturais e sempre com casa cheia. O nome “APOLO” ao Cine Teatro originou-se da paixão do proprietário do cinema ser admirador de um ator famoso de um filme de faroeste chamado de Apolo, já dentro de uma visão histórica mundial, a abertura do Cine Teatro Apolo, deparava-se com o início da II Guerra Mundial.
                            O Cine Teatro Apolo foi programa de muitos em quase toda Região, mesmo com o cinema mudo e algumas vezes animados por orquestras de artistas locais era um deslumbro suas apresentações e o orgulho maior de seus conterrâneos.             O Cine Teatro Apolo, foi sempre notícia em periódicos locais, inclusive o Maior nome do Modernismo “ASCENSO FERREIRA” publicou uma nota no jornal “A NOTÍCIA” fazendo alusão a maior a esta enorme representatividade cultural de Palmares.
                            Um dos mais importantes clássicos exibidos no Cine Teatro Apolo, foi o filme “O ÁGUIA” que com casa cheia exibiu diversas sessões onde tiveram presentes diversas autoridades do município e do Estado de Pernambuco. Em outra apresentação cultural, o Cine Teatro Apolo chegou a reunir cerca de 6.000 (seis mil) pessoas em seu interior em três turnos, incluindo lançamento de livros, exposições de arte e sessões gratuitas de cinema oferecidas às escolas publicas e privadas do município.
                                   Durante um ritmo acelerado o Cine Teatro Apolo funcionou durante setenta (70) anos e depois parou de funcionar por diversos motivos, ente eles a falta de apoio à SÉTIMA ARTE, e também os avanços tecnológicos, com a CHEGADA DO VÍDEO CASSETE E OS CANAIS ABERTOS DE TELEVISÃO, fazendo com que muitos preferiam a comodidade de suas residências para verem suas projeções; dessa forma, o Cine Teatro Apolo assistiu sua própria decadência. Quando, porém já não se tinha mais o que fazer, o atual proprietário “AMARO BEZERRA DE VASCONCELOS” vendeu o prédio ao então gestor municipal da época, “LUIZ PORTELA DE CARVALHO”. Em 1980, o Cine Teatro Apolo encontrou o seu maior auge, e é exatamente nesta década deu-se o seu tombamento pelo Patrimônio Nacional e em 1984. Após um breve período de inatividade foi ameaçado de se transformar em um banco, igreja evangélica ou loja de eletrodomésticos, porém como diz Juareiz Correya “ foi salvo, em 1983, para a perenidade da sua história, pela ação empreendedora do então prefeito Luís Portela de Carvalho, ao adquirir o imóvel para a Prefeitura dos Palmares com o objetivo de transformá-lo em sede da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho”,  homenageando o teatrólogo, romancista, professor, autor, crítico, ensaísta e palmarense, Hermilo Borba Filho (1917-1976).

            O Apolo ficou fechado por mais de uma década, aproximadamente 15 anos, sofreu enchentes e depois de reformado em 2010, pelo Governo do Estado “EDUARDO CAMPOS” foi reinaugurado no dia 9 de junho, dentro da programação do 131º, aniversário de emancipação do Município dos Palmares, porém, poucos dias depois foi alvo novamente de mais uma tragédia natural “A ENCHENTE DE 2010” e mais uma vez o Cine Teatro Apolo fico fechado e só reaberto em Março de 2013 graças ao incentivo dos próprios artistas palmarense e a sensibilidade do Gestor Municipal JOÃO BEZERRA CAVALCANTI FILHO e o então presidente da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, LUIZ ANTÔNIO MARQUES DE MELO “LULIKA”.
                            E no centenário do Cine Teatro Apolo, a população pode conferir uma intensa atividade cultural com atividades naturais de teatro e de cinema além de em seu palco, dança, música, e apresentações culturais e lançamento de livros promovendo, em seu privilegiado auditório, palestras, debates e encontros culturais que refletem o seu importante papel de teatro mais antigo do Interior do Estado e de sede da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, a primeira fundação cultural criada no Interior de Pernambuco. Uma instituição municipal que, por suas ações abrangentes, já representa a cultura de toda a região Mata Sul pernambucana. 


Fontes:

Disponível em: <https://www.facebook.com/pages/Cine-Teatro-pollo/354426194663064> Acessado em 22 de Outubro de 2014 ás 18:00.
Disponível em: http://www.nacaocultural.com.br/decreto-cine-teatro-apollo-palmares/ Acessado em 10 de Novembro de 2014 ás 16:00.

Disponível em: http://antoninojr.blogspot.com.br/2010/06/cine-teatro-apolo.html> Acessado em 20 de Novembro de 2014 ás 22:00.

sábado, 22 de novembro de 2014

Faculdade de Direito do Recife é palco de intolerância religiosa e homofobia. "VERGONHA"

                            



                                 O Salão Nobre da centenária e histórica Faculdade de Direito do Recife (FDR), localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife, virou palco de discussão religiosa. No centro da questão, três imagens, colocadas no local por três grupos, ligados a estudantes da faculdade.
                            No Salão Nobre, há uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho – padroeira da instituição -, que foi doada à FDR em 2008. Divindo o espaço do aparador, estão ainda uma imagem da orixá Iansã, do candomblé, e um Papai Noel.
                            De acordo com a Direção da FDR, a imagem da orixá foi doada na última segunda-feira (17) pelo o Movimento Zoada, durante eventos sobre a consciência negra na instituição, enquanto o Papai Noel de pelúcia foi posto pelo movimento Ocupe-se entre as duas imagens nesta quinta-feira (20). Também nesta manhã – dia em que é comemorada a Consciência Negra – Iansã foi encontrada sem a cabeça – o pedaço da peça não foi encontrado. O Ocupe-se nega ser o autor do texto.
                            Próximo à orixá, estava um panfleto com os dizeres: “[Iansã] Rejeita os papéis impostos tradicionalmente pela sociedade para a mulher e se coloca como uma guerreira que sempre desperta pronta para a guerra”.
Junto com o Bom Velhinho, o Ocupe-se teria anexado um texto que foi considerado desrespeitoso por alguns estudantes. “O trenó foi impedido de entrar porque restavam vagas só na garagem dos professores, e porque veículos de tração animal não poderiam ingressar na Adolpho Cirne, num ato de homofobia disfarçada contra as renas”, diz. A mensagem encerra com: “A todos, especialmente aos que defendem o fim dos símbolos regiliosos nos espaços públicos, um feliz Natal!”
                            Em resposta ao panfleto do Papai Noel, o coletivo Além do Arco-íris escreveu, no mesmo panfleto, de caneta: “Respeito à diversidade religiosa!!” e “Universidade para todos! Sem racismo, machismo e LGBTfobia!!!”. De acordo com a coordenadora administrativa da FDR, Rejane Ramos Lima, a vigilância informou que, por volta das 6h15, a estatueta da orixá estava intacta. Às 8h, chegou ao setor de reclamações que Iansã estava sem cabeça. Ainda segundo Rejane, não é possível dizer quem foi o responsável pela quebra da estatueta. Uma reunião do conselho departamental será convocada para a sexta-feira da próxima semana para saber quais medidas serão tomadas.
                            A Faculdade de Direito do Recife foi fundada no século XIX por lei do imperador Dom Pedro I. Ao longo de sua história, formaram-se importantes nomes do ensino, literatura, política, etc, como o escritor Eusébio de Queiroz, o ex-governador de Pernambuco Agamenon Magalhães, o conselheiro Rosa e Silva, entre outros.

Do Portal NE10

ATUALIZADA ÀS 7h59 DESTA SEXTA-FEIRA (21)

FONTE:http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2014/11/20/no-dia-da-consciencia-negra-imagem-de-iansa-aparece-degolada-na-faculdade-de-direito/

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Prefeito João Bezerra Cavalcante Filho anuncia mudanças em sua administração

                       


                       O Gestor Municipal da Cidade dos Palmares, Zona da Mata Sul de Pernambuco, João Bezerra Cavalcante Filho (PSB) anunciou nesta terça feira dia 15 de Outubro de 2014, no auditório da Prefeitura Municipal, nomes que irão reformar administrativamente sua gestão. Entre os citados, alguns já eram esperados, outros, porém, foram surpresa. Em conferência as rádios locais, o prefeito respondeu que a finalidade é a redução dos gastos públicos e a renovação de sua gerência. As secretarias que passaram por mudanças foram as “Secretaria de Educação, Secretaria de Administração e a de Infraestrutura”. Continuaram nos respectivos cargos o chefe de gabinete, o diretor da Casa da Cultura e o Secretário de Articulação Política, no entanto a Controladoria Pública e a Secretaria da Mulher ainda seguem indefinidas.


Secretarias                                                Novos Secretários                  Antigos Secretários

Secretaria de Educação
Flávio Miranda
Jadeane Silva
Aemasul
Tadeu Batista
Enoelino Magalhães Lira Filho
SAAE
Alexandre Leão
Paulo Germano
Secretaria de Administração
Sizenando Medeiros
Arnaldo Veloso
Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cidadania
Joel Clemente
Francisco de Assis
Secretaria de Saúde
Yranuza Cavalcante
Algemira Angélica
Procuradoria Pública
Richard Michael
Tadeu Batista
Secretaria de Comunicação Social
Wanderson Araújo
Lenivaldo Andrade


Não foram citadas mudanças paraControladoria Pública e a Secretaria da Mulher, e  permanecem no cargo as seguintes secretarias:

Secretaria de Esportes
Luiz Isach
Secretaria de Finanças
Dr. Reinaldo
Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania
Telma Siqueira
Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo
Jason Lins
Autarquia de Habitação
Ana Regina
Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho
Cláudio Sales
Chefia de Gabinete
Carlos Maya
Secretaria de Articulação política
Luiz Antônio Marques de Melo
AMDESTRAN
João Sobrinho



 Fonte de apoio: www.novaquilombofm.com.br 



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

POETA PALMARENSE BUSCA PATROCÍNIO EM REDES SOCIAIS PARA O LANÇAMENTO DE SEU LIVRO (FLORES, UMA ESTAÇÃO DE AMOR)

             Com trabalhos publicados desde 1996, Nonato Barakah é um poeta voltado ao lirismo e sua poesia encanta os enamorados e inspira os amantes da poesia contemporânea.
            Filho natural de Ribeirão-PE reside em Palmares desde seus sete anos de idade. É aluno do Curso de Letras da FAMASUL, trabalha na Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho é Poeta e Escritor e blogueiro. E desde sua recente criação, obteve mais de 6.000 (Seis mil) acessos em sua página (www.nonatobarakah.blogspot.com.br) divulgando a “Terra dos Poetas” em todo Brasil. Em treze anos lançou cinco livros de poemas e os divulgou em vários estados do Brasil, entre eles (São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe e Brasília). Sua poesia é contemporânea, porém carrega traços tradicionais com ênfase ao lirismo e o romantismo.
           O novo livro do Poeta Nonato Barakah, é o seu sexto livro, e têm o titulo “Flores, Uma Estação de Amor”, e seu lançamento está previsto para Novembro de 2014.  O custo da confecção do livro incluindo registro ISBN, correção e diagramação são de R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) para um número de 1.000 (Mil) exemplares. O diferencial deste traçado é que o espaço para propaganda e patrocinadores tornou-se popular e que qualquer amigo e fomentador da cultura e da poesia podem participar de acordo com o quadro abaixo:

Amigo da Cultura - Pessoas comuns, amigos, colegas, leitores e admiradores da poesia. Constando o nome no interior do livro e com direito a um exemplar no seu lançamento.
R$ 25,00
Artista colaborador - Cantores, pintores, poetas, escritores, artesões, compositores e artistas em geral. Constando o nome no interior do livro e com direito a um exemplar no seu lançamento.
R$ 50,00
Empresa Fomentadora - Empresas comerciais, lojas, padaria etc. Constando o nome no interior do livro e com direito a um exemplar no seu lançamento.
R$ 100,00
Incentivador (Políticos, Secretarias e Autarquias Municipais). Constando o nome no interior do livro e com direito a dois exemplares no seu lançamento.
R$ 250,00
Incentivador – Master – Destinado a quaisquer que interessar, divulgar seu nome ou sua marca na capa do livro, com preços e tamanhos a combinar. Constando o nome na capa do livro e com direito a dez exemplares no seu lançamento.

R$ 500,00 a R$ 1.000,00

MEIOS DE CONTATAÇÃO

·         81. 9490.8116 /         nonatosilvarodrigues@hotmail.com

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Vendo Meu Voto ou Melhor, Troco!

                 

                  Vendo Meu Voto Ou melhor, troco! E seria legal se todos fizessem o mesmo! Estamos a pouco menos de três meses da eleição e já é possível ver um monte de carros com propagandas de candidatos, comitês regionais de partidos e entrevistas com os possíveis eleitos. Todos com grandes projetos faraônicos e plataformas, que para mim, são rebuscadas propositalmente, para que um marketeiro (desculpa o termo pejorativo) possa embelezar e vender, enquanto quem procura realmente entender, não consiga. Por isto que resolvi trocar o meu voto, por quem mostrar comprometimento com ações simples que melhorem a minha cidade.
            Precisamos de mais postos de saúde, de médicos, de transporte de qualidade, de uma educação qualificada, de urbanização dos nossos bairros, opções de lazer para nossos jovens, expansão do horário das escolas e etc. Todos estes assuntos serão discutidos na grande mídia e demonstrados nos programas eleitorais através de gráficos e maquetes, com apresentadoras simpáticas e politicamente corretas. Mas eu quero lixeiras… eu quero calçadas iguais… eu quero ciclovias…. eu quero placas de sinalização… eu quero um transito responsável, escolas seguras, eu quero distribuição de mudas… eu quero papel reciclado para a burocracia… eu quero escolas públicas de qualidade e com professores capacitados e ganhando bem, quero hospitais com qualidade e médicos capacitado, quero políticas públicas que funcionem no que diz respeitos aos idosos, as crianças, as mulheres, aos homossexuais, aos diabéticos, aos doentes, aos presidiários, quero uma segurança pública com profissionais capacitados para o enfrentamento com a bandidagem e se morrer um bandido que os policiais n sejam punidos por que morreu um bandido e que os direitos humanos realmente defenda a sociedade e não a escória, ou seja eu quero, eu quero e eu quero. E por estas coisas que eu quero eu vendo o meu voto! Neste ano, venda o seu voto você também, ou melhor, troque!

Colaboração e adaptação: Morales Junior
Participação, edição e correção: Nonato Barakah

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Banda Suite Sertaneja, O Novo Orgulho de Palmares








Nas festividades comemorativas de emancipação politica de Palmares nos seus 135 anos, o dia de ontem 09/06/2014, foi marcado por diversas inaugurações, em destaque “a Praça Santo Antônio e a Orla Poeta dos Palmares”. Dentro da programação festiva, a população pode comemorar a passagem de aniversário da “Atenas Pernambucana” com algumas atrações musicais (Suíte Sertaneja, Forró dos Firma e Gabriel Diniz), porém, nossa homenagem é direcionada a Banda “Suíte Sertaneja” que com muito profissionalismo mostrou que Palmares representa muito bem o seu povo através dos seus artistas, sejam eles ( Poetas, Pintores, Cantores, Músicos, Dançarinos...), a Banda Suíte Sertaneja, empolgou os palmarenses e os embalou num ritmo gostoso e envolvente do sertanejo além de muito forró e romantismo. Parabéns Gleybson Alves, Parabéns Suíte Sertaneja, Parabéns Palmares pelos seus artistas pela sua passagem de ano, pelos seus 135 anos. 

















segunda-feira, 9 de junho de 2014

História de Palmares-PE (Por Nonato Barakah)




                 Palmares é um município brasileiro do estado de Pernambuco e uma das cidades mais tradicionais deste Estado. Além de grandes poetas, o município possui o primeiro teatro a funcionar no interior de Pernambuco e o terceiro mais antigo do Estado, além de abrigar a primeira loja maçônica de Pernambuco.
A cidade localiza-se a uma altitude de 125 metros acima do nível do mar, sua população estimada em aproximadamente 70 mil habitantes; limita-se ao norte com o município do Bonito, a nordeste e leste com Joaquim Nabuco, ao sul com Xexéu, a sudeste com Água Preta e a oeste com Catende; o clima predominante é do tipo quente e úmido, com chuvas de inverno e temperaturas máximas de 32°c e mínimas de 16 °c. Sua flora é composta por restos da vegetação primitiva da Mata Atlântica, algumas espécies arbóreas de alto valor econômico podem ser ainda encontradas, testemunhando o que foi a floresta nativa. Entre outras, pode-se detectar a presença da urucuba, louro, ipê amarelo, jatobá, pau-ferro, jacarandá mimoso e rosa, maçaranduba, pau d'arco, oiticica, camaçari rosa e branco, sucupira roxa e branca, etc. O município dos Palmares faz parte da microrregião homogênea denominada Mata Meridional Pernambucana, contida totalmente na Bacia do Rio Una. Além da carga histórica da cidade, há também um lado mais bucólico. Existem vários atrativos naturais para os visitantes. O município é cercado por muitas águas. Distante 125 km do Recife, o município tem como principal atividade econômica a cana-de-açúcar, (que atualmente vem sofrendo enorme defasagem com a falência de muitas usinas) e além desta se destacam também a agricultura com: batata-doce, mandioca, banana, laranja e abacaxi. O comércio neste município ainda está em expansão com estabelecimentos de pequeno e médio porte, com destaque para os supermercados, lojas de material de construção, autopeças e confecção. Hoje mais de 60% dos moradores de Palmares têm atividades ligadas ao comércio. Compradores de várias cidades vizinhas vêm até Palmares para fazerem suas compras, e esses visitantes têm uma participação econômica no comércio de cerca de 40%. Com o término, duplicação da BR-101, Palmares, ganhou gande importância como trevo rodoviário, trazendo crescimento econômico à cidade.

·         ORIGEM DO SEU NOME



                 O nome “Palmares” deriva da grande quantidade de palmeiras que existia na região, como: carnaúba, buriti, buritana, bacaba, babaçu, pindoba, dendê etc. Seu nome é também recorda a rebelião dos escravos africanos que de 1630 a 1697, constituiram um reino ou uma confederação de quilombos que recebeu a denominação de quilombos. “O Quilombo dos Palmares”, que se instalou na região foi o maior da história do Brasil, que dirigido pelo valente Zumbi, tomou impulso, fama e ganhou o nome que hoje tem. Embora não se saiba com precisão o número de habitantes no “Quilombo dos Palmares”, tendo em vista que a população flutuava ao sabor das conjunturas, historiadores estimam que, em 1670, alcançou cerca de vinte mil pessoas. Essa população sobrevivia graças à caça, à pesca, à coleta de frutas (manga, jaca, abacate e outras) e à agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar). Complementarmente, praticava o artesanato: (cestas, tecidos, cerâmica, metalurgia). Os excedentes eram comercializados com as populações vizinhas, de tal forma que colonos chegavam a alugar terras para plantio e a trocar alimentos por munição com os quilombolas.
                 Muito se tentou contra os quilombolas e após várias investidas relativamente infrutíferas contra Palmares, o governador e Capitão-general da capitania de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, contratou o bandeirante Domingos Jorge Velho e o Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para erradicar de vez a ameaça dos escravos fugitivos na região. O quilombo passou a ser atacados pelas forças dos bandeirantes e mesmo experientes nas guerras de extermínio, tiveram grandes dificuldades em vencer as táticas dos quilombolas, mais elaboradas que a dos indígenas com quem haviam tido contato. Adicionalmente, tiveram problemas para contornar a inimizade surgida com os colonos da região, vítimas de saques dos bandeirantes em diversas ocasiões. Em janeiro de 1694, após um ataque frustrado, as forças do bandeirante iniciaram uma empreitada vitoriosa, com um contingente de seis mil homens, bem armados e municiados, inclusive com artilharia. Um quilombola, Antônio Soares, foi capturado e, mediante a promessa de Domingos Jorge Velho de que seria libertado em troca da revelação do esconderijo do líder, Zumbi foi encurralado e morto em uma emboscada, a 20 de novembro de 1695. A cabeça de Zumbi foi cortada e conduzida para Recife, onde foi exposta em praça pública, no alto de um mastro, para servir de exemplo a outros escravos e sem a liderança militar de Zumbi, por volta do ano de 1710, o quilombo desfez-se por completo.
                 Por anos, Palmares foi conhecida como “POVOADO DOS MONTES” devido a uma doação que o Governo Imperial fez à “Família Montes” que construiu uma capela, hoje a Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Montes. Depois estas mesmas terras passou-se a se chamar de “TROMBETAS” devido à lenda de que um soldado que vinha de Água Preta teria perdido uma trombeta, um instrumento de sopro popularmente conhecido por corneta durante uma passagem pelo local, em função da tropa que passava em perseguição a um grupo de índios caetés, no então “POVOADO DO UNA” em homenagem ao rio que banha a região e, finalmente, “PALMARES”, triunfando assim a vontade dos negros quilombolas.


·         A ESTRADA DE FERRO
  


                            Em 1862, a população de Palmares cresceu consideravelmente, tendo em vista a posição privilegiada da cidade e a chegada da Estrada de Ferro Sul de Pernambuco, em 30 de novembro de 1862, por força do então Imperador Dom Pedro II, o  Escritório Central da Administração da Empresa Great Western Railway Company. Desse modo, a povoação tomou incremento fora do comum, com a instalação do escritório central da administração, oficinas, almoxarifado e armazéns, tornando-se aquele povoado,  consequentemente, o centro comercial da região.
                 O Una, nos meados do século 19, era uma simples povoação, que vivia na dependência do ENGENHO TROMBETA. Em torno da estação ferroviária, montada à margem do Rio Una, cresceu a povoação, a ponto de tornar-se maior do que a sede do próprio município. Quando foi inaugurada, a estação era o terminal da chamada terceira seção da ferrovia, entregue juntamente com a segunda seção nesse dia. Era justamente o trecho da ferrovia do qual os ingleses detinham a concessão, até o encontro dos rios Una e Piranji, perto de onde se sita a estação, que tomava o nome de um dos rios. Foi ponta de linha por 20 anos, o que certamente ajudou em seu crescimento. A construção da Estação Ferroviária, na época “ESTAÇÃO DO UNA”, foi à segunda obra com o capital Inglês em Palmares e seus trabalhadores, mais de 300 homens, usavam o chalé do Inglês como pousada. A Casa Grande possuía porão parcial por se encontrar construída sobre estaca. Neste pavimento, o terraço em alvenaria e madeira em forma de “U”, exibia vãos abertos com janelas e portas laterais. O acesso à área residencial era feito através de degraus laterais a sua esquerda. Com cobertura em duas águas, possuía telhado mais alto e independente do telhado do alpendre e a cobertura do alpendre era apoiada em colunas de madeira.

·         EMANCIPAÇÃO DA CIDADE

                 No ano de 1868, Palmares é elevado à categoria de Distrito, por força da lei provincial nº 844, de 28 de setembro. Palmares foi elevado à categoria de cidade pela Lei provincial nº 1.093, em 24 de maio de 1873, desmembrando-se do município de Água Preta.  Administrativamente, Palmares está constituído pelos distritos sede e Santo Antônio dos Palmares e pelo povoado de Usina Serro Azul. Anualmente, no dia 09 de junho Palmares comemora a sua emancipação. Assume a paróquia Manoel Tertuliano de Figueiredo, sendo o primeiro Padre a comandar a Igreja Católica municipal. A construção de uma cultura. Palmares no decorrer de sua história foi berço de grandes artistas que com pensamentos modernistas transformaram esta terra em “TERRA DE CULTURA E DE GRANDEZA”.


·         O CLUBE LITERÁRIO DOS PALMARES.



                      Em 1882 no dia 1º de outubro foi fundada a “Biblioteca do Clube Literário” e sua principal intenção era a descontração entre amigos poetas que de forma recíproca expunham suas criações. Porém com o prestígio obtido em meio à sociedade, aquela “associação de intelectuais” tornou-se um espaço destinado a manifestações culturais, sociais e politicas que logo ficou conhecido por meio de seus bailes e serestas.
                      Um ano depois na tipografia do Clube Literário os propulsores da imprensa palmarense, os amigos “SEVERINO PEREIRA e JOAQUIM DE ALMEIDA” editam o jornal “ECO”, primeiro periódico a circular na cidade e em seguida muitos outros foram lançados, entre eles (A GAZETA DE PALMARES; O SÃO JOÃO; A SEMANA; O CORREIO DA NOTÍCIA e ORISCO), todos no ano de 1892. No ano seguinte (1893) foi eleito o primeiro Prefeito da cidade o Dr. LEOPOLDO MARINHO PAULA LINS, tendo como vice-prefeito o Dr. AFONSO MARINHO onde nesse mesmo ano foram lançados cinco (05) jornais (O RAIO, “Cuja publicação foi proibida pelo delegado de polícia, que não gostou das matérias editadas”; O ARQUIVO LITERÁRIO; BILONTRA, O CLUBE LITERÁRIO e a CARTILHA). Em 1894, na administração do 2º Prefeito do município de Palmares, o Dr. LEOPOLDO MARINHO PAULA LINS, foi inaugurado o MERCADO PÚBLICO, ao lado da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, cuja obra foi iniciada na gestão do Cel. PELEGRINO MARINHO PAULA LINS, onde na solenidade de inauguração esteve presente o Governador do Estado de Pernambuco, DR. BARBOSA LIMA.
                            Ainda em 1894, no dia 23 de outubro é editado o jornal “NOVO ECO”, dirigido por FERNANDO GRIZ e ARTUR FERREIRA, impresso na tipografia da Estrada de Ferro Sul de Pernambuco, depois chamada Rede Ferroviária Federal S/A, R.F.F.S.A.           No ano de nascimento de ASCENSO FERREIRA e do advogado Dr. PEDRO AFONSO DE MEDEIROS em (1895), foi lançado o jornal A GAZETA POPULAR e dois anos mais tarde, precisamente em 07 de fevereiro de 1897 é editado o periódico “O PROGRESSO”. Em 1889, publica-se o jornal “A GANGORRA” e em 1900 é eleito prefeito de Palmares o “DR. MANOEL HENRIQUE WANDERLEY”.  Em 1912 é publicado o primeiro número do jornal “A NOTÍCIA”, e também eleito o prefeito o “Cel. LUIZ AMARO DE FRANÇA PEREIRA”; um ano depois em 1913 surge o periódico “DESPERTAR”, seguido do “JORNAL DANTISTA”, de propriedade do CEL. LUIZ DE FRANÇA, seguido de “A ÉPOCA” Tendo como colaboradores JOSÉ COIMBRA e CARLOS RIOS.
                 Outro Marco importante ocorre no ano seguinte 1914, precisamente há 06 de dezembro, onde o farmacêutico OTAVIANO DE LAGOS e o Dr. FAUSTO FIGUEIREDO Fundam O THEATRO CINEMA APOLO; também neste ano é editado o jornal “O JARDIM” e criada a “BANDA MUSICAL FERROVIARIA” liderada por um grupo de ferroviários liderados por “OLÍMPIO DE SOUZA CRUZ, ROMIRO FRANCELINO, POSSIDÔNIO ALVES, AFONSO GOMES, JOSE NORBERTO E ANTÔNIO JERÔNIMO, esta durou até 1955 quando foi substituído pela BANDA MUSICAL 15 DE NOVEMBRO”.
                 Em 1956, foi criado no Clube Literário dos Palmares, pelo saudoso BENERVAL ALVES DE MIRANDA um baile nas noites de quintas feiras onde os cavalheiros acompanhados de suas damas e vestidos em trajes de gala valorizavam o respeito, a moral e os bons costumes da casa. Outro evento de grande relevância e inesquecível aos amantes dos festejos daquela casa foi o “BAILE DAS FLÂMULAS” quando as dependências do Clube foram decoradas com as flores vindas de todas as partes do Brasil e inclusive do exterior como (PORTUGAL, CANADÁ, ESPANHA, INGLATERRA E MÉXICO). O evento teve apoio de grandes amigos e inclusive do saudoso VIRGILIO FRAGA, conhecido como seu “VIVI DA FARMÁCIA DOS POBRES”. A festa durou quase dez horas e teve presença importante de autoridades civis, militares e eclesiásticas.
                 O Clube Literário tinha grande preocupação em manter viva a tradição da cidade, seus eventos vislumbravam a muitos e com essa dedicação durante décadas foi digna de muitos elogios, recebendo em suas dependências visitas de pessoas renomadas onde tinha o intuito de conhecer suas dependências e assinar o livro de ouro. Ao passar dos anos e com a morte daqueles que de fato amavam aquela casa, muito se perdeu em valores culturais e o Clube Literário passou a ser a Biblioteca Fenelon Barreto que com os inúmeros exemplares em seu acervo tornou-se a segunda e mais importante biblioteca do Estado de Pernambuco com mais de 20.000 (vinte mil) volumes entre eles Obras nobres e seletas como clássicos da literatura GRECO-ROMANA, LITERATURA FRANCESA, além de grande riqueza nacional como as obras de ALUÍZIO DE AZEVEDO, MACHADO DE ASSIS, JOSÉ DE ALENCAR E EÇA DE QUEIROZ.

·         TERRA DOS POETAS

                            Palmares é conhecida como “Terra dos Poetas”, ou “Atenas Pernambucana” por ter sido berço de renomados e importantes artistas pernambucanos, entre eles (Hermilo Borba filho, Murilo Lagreca, Fernando Augusto Pinto Ribeiro, Juarez Correya, Amaro Matias, Paulo Marques, Artur Griz, Ascenso Ferreira, Raymundo Alves de Souza Calazans Alves d´Araujo, Eliseu Pereira de Melo, Fenelon Barreto, Fernando Griz, Jayme Griz, Luiz Berto, José Lagreca, Manuel Bemtevi, Milton Souto, Zenóbio Melo, Telles Junior... entre muitos e muitos outros).
·         Entre estes destacan-se Ascenco Fereira e Hermilo Borba Filho.

·         ASCENCO FERREIRA



                  Nascido Aníbal Torres, mudou seu registro para Ascenso Ferreira Carneiro Gonçalves, mas foi como “Ascenso Ferreira” que ele se tornou nacionalmente conhecido.
                 Nasceu em Palmares, dia nove de maio de 1895. Filho único do comerciante Antônio Carneiro Torres e da professora Maria Luiza Gonçalves Ferreira ficou órfão aos treze anos de idade, passando a trabalhar na mercearia de um tio. Ascenso Ferreira começou a colaborar em jornais em 1912, em Palmares e Recife PE. Em 1911, publicou no jornal “A Notícia de Palmares” o seu primeiro poema, Flor Fenecida” e em 1917 fundou com Antônio de Barros Carvalho, Antônio Freire e Artur Griz, entre outros, a sociedade “Hora Literária de Palmares”. Em 1920, mudou-se para o Recife, onde se tornou funcionário público e passou a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais.            Em 1922 casou-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literário pernambucano Fernando Griz, mas este casamento não durou muito. Em 1925, participou do movimento modernista de Pernambuco e, em 1927, publicou seu primeiro livro, “Catimbó” e viajou a vários estados brasileiros para promover recitais. Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela. Em 1948 nasceu Maria Luísa, filha do casal. Em 1941 publicou o seu segundo livro “Cana Caiana”. O terceiro livro “Xenhenhém” estava pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de Poemas, que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema “O trem de Alagoas” musicado por Villa-Lobos.
                 Em 1955, participou ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1956, foi nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceitava que o poeta e boêmio irreverente assumisse o cargo. Foi nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário. Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lançou “Catimbó e outros poemas”.                             Ascenco Ferreira usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca. A 05 de maio de 1965, morre Ascenso Ferreira no Recife. Foram publicados postumamente, em 1986, O Maracatu, Presépios e Pastoris e O Bumba-Meu-Boi: Ensaios Folclóricos, em livro organizado por Roberto Benjamin. A poesia de Ascenso Ferreira filia-se à primeira geração do Modernismo. Para Manuel Bandeira, “os poemas de Ascenso são verdadeiras rapsódias do Nordeste, nas quais se espelha amoravelmente a alma ora brincalhona, ora pungentemente nostálgica das populações dos engenhos e do sertão”.

·         SEUS RIOS



                 A bacia hidrográfica do Una assemelha-se a um grande losango recortado no sentido oeste-leste, onde seus eixos principal e secundário medem, respectivamente, cerca de 240 e 70 km.  O Rio Una nasce na serra da Capoeira, a uma altitude de aproximadamente 900 metros e percorre cerca de 200 km até seu encontro com o Oceano Atlântico, no município de Barreiros. Drena, ao longo de seu curso, a partir da nascente, as cidades de São Bento do Una, Cachoeirinha, Palmares, Água Preta, Barreiros e áreas dos municípios de Altinho, Agrestina, São Joaquim do Monte, Belém de Maria, Bonito e Catende. O seu escoamento é intermitente até as proximidades da cidade de Altinho, quando a partir daí se torna perene face ao aumento dos índices pluviométricos da região.
O Una corta o município dos Palmares na direção oeste-leste até a Fazenda Couceiro, onde toma a direção sul até encontrar a sede do município, tomando novamente a direção leste até os limites de Água Preta, onde forma a cachoeira dos Martins. O principal tributário é o Rio Piranji, situado à margem direita.
                 O Rio Piranji tem início no povoado de Pau Ferro em Quipapá, a uma altitude aproximada de 600 metros, drenando ao longo dos seus 72 km de extensão áreas dos municípios de Quipapá, São Benedito do Sul, Maraial, Catende, Palmares e desaguando no rio Una 3 km à montante da cidade dos Palmares. Além do Piranji, destacam-se alguns cursos de água tributários do Una, sendo os mais importantes o Rio Camevou que faz os limites naturais com o município do Bonito; o Rio Verde e o Rio Preto afluentes da margem esquerda ao norte do município. Pela margem direita destacam-se o Rio Parnaso e o Riacho dos Cachorros, este último de grande importância face a sua condição essencial para o sistema de abastecimento de água para a sede do município. Esses cursos de água foram no passado, em sua maioria, caminhos de penetração para o município, até mesmo para o interior do estado. Ademais, esses cursos destacam-se mais pela importância das indústrias localizadas em suas bacias do que pela sua extensão. A utilização desses rios como fonte de abastecimento de água tem sido prejudicada pelo despejo de caldas provenientes das usinas de açúcar, outro resíduos industriais e esgotos doméstico e hospitalar, contribuindo de forma significativa para sua degradação, prejudicando de forma direta comunidades que vivem as suas margens.


·         CINE TEATRO APOLO
  

                 Aproximadamente em 1907, o comerciante Fausto Figueiredo (antes de ser prefeito deste município) comprou um casarão antigo situado na rua da matriz. Ele o reformou e inaugurou o Cine Teatro Apolo ( nome este, pelo fato do proprietário ser admirador de um ator famoso que tinha este nome em um filme de  faroeste) e inaugurou o cinema em 14 de dezembro de 1914.
                 Por ser o primeiro Cinema do interior do Estado de Pernambuco, tornou-se também o mais famoso e em seu palco aconteceram muitos espetáculos como peças teatrais, recitais e filmes, sempre com casa cheia. Pela fama do Cine Teatro Apolo, muitos vinham de grande parte do país para conhecer seu interior, e por ele grandes nomes passaram. ( Valdemar de Oliveira, Vinicius de Morais, Lelé Corrêa, Hermilo Borba Filho, Aluísio Freitas, Fenelon Barreto, Ascenso Ferreira, Celecina Vasconcelos, Procópio e Bibi Ferreira. O cinema funcionou durante 70 anos, até que o prefeito Luiz Portela de Carvalho comprou o prédio da família do Senhor Amaro Bezerra de Vasconcelos ( atual proprietário). No ano de 1983 e 1984 tornou-se sede da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho ( homenagem ao teatrólogo e romancista palmarense que viveu de 1917 a 1976). Segundo dados colhidos houve um período em que o Cine Teatro Apolo tornou-se uma loja de móveis (Norma Rocha Magazine) e o senhor Aluízio Freitas em conversa com o Senhor Luiz Portela de Carvalho contou-lhe de sua tristeza em ver aquele local servindo de comercio, foi então que o prefeito sensibilizado imediatamente comprou  o prédio e o transformou em lei municipal de nº 896 de 08/07/1983.

Hoje o Cine Teatro Apolo é um patrimônio tombado pelo Estado de Pernambuco. Portanto pertence ao povo de Palmares e a os pernambucanos.


·         DIOCESE DOS PALMARES E SEU PRIMEIRO BISPO




                 A Diocese de Palmares (Dioecesis Palmopolitanus) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil, pertencente à Província Eclesiástica de Olinda e Recife e ao Conselho Episcopal Regional Nordeste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo sufragânea da Arquidiocese de Olinda e Recife. A episcopal está na Catedral Nossa Senhora da Conceição dos Montes, na cidade de Palmares, no estado de Pernambuco.
                 A Diocese de Palmares foi erigida a 13 de janeiro de 1962, pelo Papa João XXIII, desmembrada da Diocese de Garanhuns e da Arquidiocese de Olinda e Recife. Em 2004, a diocese contava com uma população aproximada de 423.589 habitantes, com 79% de católicos. O território da diocese é de 3.797 km², organizado em 20 paróquias. Seu primeiro bispo diocesano foi Dom Acácio Rodrigues Alves, sagrado no dia 16 de setembro de 1962 e empossado a 23 de setembro do mesmo ano.

·         DOM ACÁCIO RODRIGUE ALVES 1º BISPO DIOCESANO

                 Nasceu em Garanhuns, aos 09 dias do mês de abril de 1925, filho de Antônio Alves do Nascimento (falecido em 1946) e Maria Rodrigues Alves (falecida em 1965). Tem dois irmãos ele é o caçula. Foi batizado e crismado em Garanhuns, em 28.04.1925. Fez a 1ª comunhão em 08 de dezembro de 1931. Curso Primário: Grupo Escolar João Pessoa – Garanhuns, 1931 a 1935. Curso Ginasial e Científico: Colégio Diocesano de Garanhuns, 1936 a 1941. Curso de Filosofia: Seminário de Olinda, 1942 a 1945. Curso de Teologia: Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, 1945 a 1951.
                            Pós-Graduação: Licenciatura em Direito Canônico - Universidade Gregoriana - Colégio Pio Brasileiro, em Roma, 1949 a 1951. Antes de ser bispo foi Reitor do Seminário Menor São José em Garanhuns; Vigário em Santa Teresinha - Garanhuns. Vigário de Belém de Maria e finalmente Diretor Espiritual do Seminário de Garanhuns. Tomou a resolução de ser padre no término do curso ginasial, entrando no Seminário de Olinda, no dia 09 de abril de 1942, com 17 anos.
·         Foi ordenado padre em 12.03.1949 (com 24 anos).
·         Eleito Bispo em 14 de julho de 1962 (com 37 anos).
·         Sagrado Bispo em 16 de Setembro de 1962.
·         Tomou posse na sua 1ª Diocese - Palmares em 23.09.1962

                            Ao completar 25 anos de bispado, solicitou ao Papa João Paulo II a sua dispensa. Foi substituído por Dom Genival Saraiva de França que assumiu a diocese dos Palmares em 28/10/2000. Dom Acácio Rodrigues Alves, faleceu no dia 24 de agosto de 2010, aos 85 anos de idade, no Hospital Real Português, na capital pernambucana onde ficou internado por um mês.  O corpo foi velado em câmara ardente, na cidade dos Palmares onde recebeu inúmeras homenagens e sepultado na cidade de Gameleira-PE.